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“Nós temos a convicção que o cronograma físico-financeiro está sendo cumprido e que, com certeza, nós vamos ter essas obras praticamente concluídas no segundo semestre do ano que vem. Isso vai trazer grande segurança na Asa Norte, onde os alagamentos são ocorrentes”. A afirmação é do procurador distrital dos Direitos do Cidadão, Eduardo Sabo, durante visita de representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) à bacia de detenção do Drenar DF – maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF).

Com investimentos na ordem de R$ 180 milhões oriundos da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), o Drenar DF pretende resolver os problemas de alagamentos e enxurradas no início da Asa Norte.

Para tanto, está sendo construída uma ampla rede de drenagem pluvial – complementar ao sistema já existente, que começa nas imediações do estádio e descerá à via L4 Norte, e depois ao Lago Paranoá. A nova tubulação, em construção, passa paralela às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.

Ainda segundo Eduardo Sabo, o Ministério Público, por meio da Procuradoria do Cidadão, tem acompanhado de perto o projeto Drenar DF. “É um desafio para a cidade, para todo o corpo técnico da Terracap e também para as cinco empresas para fazerem com que essas obras sejam executadas no prazo correto. É uma obra que exige um cuidado muito especial, porque é toda subterrânea”, esclareceu.

Sabo fez essa afirmação, pois apenas os poços de visita estão ao alcance dos olhos da população. A escavação e estruturação da nova rede subterrânea – entre 6 e 22 m de profundidade, é realizada de forma manual, com pás e picaretas. Desta forma, os transtornos são mínimos, sem desvios no trânsito e abertura de valas, por exemplo.

A obra foi dividida em cinco contratos, que iniciaram as escavações em datas diferentes, Juntos, empregam cerca de 340 pessoas e cerca de 170 indiretos.

4 km de túneis escavados
O Drenar DF atingiu, na semana passada, a marca de 4 km de túneis escavados, de um total de quase 7,6 km previstos. Além disso, já são 1,5 km de passagens subterrâneas concretadas - o interior da tubulação é revestido com uma camada de concreto que varia de 5 a 7,5 cm de espessura, o que protege o aço do efeito corrosivo da água.

O projeto utiliza o método tunnel liner, em que o acesso às galerias é feito por essas aberturas. A cada 46 cm de solo escavado, chapas de aço corrugado são montadas para sustentar o túnel aberto. As placas, com espessuras que variam de 2,2 mm a 6,5 mm, são parafusadas umas às outras conforme a escavação avança.

De acordo com o consultor Técnico de Infraestrutura da Terracap e projetista do Drenar DF, Franks Fonseca, o Drenar DF é um projeto de quase duas décadas, que não havia sido aprovado. “Diante desse cenário, trabalhamos dois anos para conseguir aprovar um projeto dentro do GDF”, conta. Franks ressalta que se trata de uma obra de excelência. “Hoje, eu diria que é a maior obra em sistema não destrutivo do Brasil, utilizando o método tunnel liner. É uma grande obra de macrodrenagem. Por isso, é importante estar por perto, em termos de fiscalização, e acompanhar todo esse processo executivo”, finalizou.

Bacia de detenção
Para receber as águas das chuvas captadas no início da Asa Norte, ao fim do percurso, está sendo construído um reservatório de qualificação de água pluvial no Setor de Embaixadas Norte, local visitado pelo grupo do MP.

Implantado em uma área de 36 mil m², dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, o reservatório terá dupla função. A bacia de detenção, munida de dissipadores na sua entrada e vertedores na saída, vai reduzir a pressão da água que chega ao Paranoá. Além disso, a sujeira trazida pela chuva vai decantar no fundo da lagoa, resultando na melhoria da qualidade da água lançada no Lago.



A lagoa vai comportar até 96 mil m³ de água. Por estar dentro de um parque urbano, o acesso à bacia ficará protegido. O reservatório será totalmente cercado por alambrados de aço galvanizado com 1,10 m de altura.

Além da bacia de detenção, o Parque Internacional da Paz contará com ciclovia e diversificado projeto paisagístico. Serão mais de 200 árvores e arbustos plantados em uma área livre de 5 mil m², entre espécies para sombreamento, como magnólias do brejo, aroeiras vermelhas e copaíbas; e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.


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